O autor José Geraldo Jacob Neto irá lançar este mês a sua primeira obra infantil, "As Estórias De Zé Doidinho". O livro conta a estória de um menino que se sentia sozinho e triste porque as outras crianças não o aceitavam como ele era. Os colegas o apelidaram de “Zé Doidinho” só porque o garoto gostava de correr sem parar.
Zé não gostava do apelido e ficava muito bravo com as outras crianças, que achavam graça da situação. As peripécias deste pequeno menino mostram para as crianças como o preconceito é ruim e que as diferenças tornam cada pessoa especial. O diferente pode ser muito legal e a tolerância é fundamental para aceitar os outros como eles são.
Geraldo Neto aborda de uma maneira sutil, lúdica e divertida o bullying, um assunto complexo que está na pauta da mídia e também deve estar nas discussões entre alunos, pais e professores. A sociedade tem que se unir e a escola deve dar os primeiros passos, alertando os alunos sobre o problema e orientando sobre os comportamentos adequados dentro e fora da instituição de ensino.
O autor escreveu "As Estórias De Zé Doidinho" tendo como público alvo as crianças, já que elas são o futuro da sociedade. A melhor maneira de introduzir esta obra no cotidiano delas é por meio da parceria com as escolas, que podem incluir o título na lista de material escolar. Além de contribuir com os hábitos de leitura, o livro facilita a introdução do assunto nas aulas.
O livro é colorido, repleto de ilustrações, com frases curtas e objetivas. A linguagem é adequada ao público infantil e estimula o desenvolvimento de várias habilidades e competências intelectuais. O senso crítico também é estimulado, já que o leitor é levado a analisar a situação pela qual Zé Doidinho está passando. Desta forma as crianças podem avaliar o comportamento errado dos colegas do personagem.
Bullying – escolas tem papel fundamental
O termo em inglês “bullying” se refere a agressões feitas de forma sistemática, uma forma de perseguição a uma determinada pessoa. São diversas as motivações para a prática do bullying, como raça, peso, altura, religião e outras preferências pessoais. O problema tem sido alvo de discussões na sociedade, no poder público e especialmente nas instituições de ensino.
O bullying é um velho conhecido, que se tornou ainda mais famoso nos últimos anos. Este fenômeno é estudado desde os anos 70, apesar da prática de agressões físicas e verbais de maneira repetida ser muito mais antiga. Em alguns países, como os Estados Unidos, o que era considerado uma brincadeira de criança se tornou um assunto de saúde pública.
A violência dentro das escolas passou a ter consequências ainda piores do que os atos feitos pelos agressores, como assassinatos e suicídios. No Brasil um em cada três estudantes já sofreu bullying e, segundo a pesquisa “Bullying escolar no Brasil”, divulgada no ano passado pela ONG Plan Brasil, 70% dos estudantes já presenciaram alguma cena de violência em suas escolas.
Depois da educação em casa, dada pelos pais e familiares, as escolas são os principais atores para a formação das crianças e adolescentes. Por isso é fundamental que o assunto seja debatido com os alunos, desde os primeiros anos escolares, para que eles saibam desde cedo como o bullying é perigoso e inaceitável.
As agressões têm consequências negativas para os agressores, que podem ter a sensação de impunidade, e para as vítimas, que podem conviver com aquele pesadelo pelo resto da vida. Os aspectos psicológicos negativos que afetam os indivíduos descriminados comprometem as relações sociais e profissionais, causando ainda outros danos na fase adulta.
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